quarta-feira, 18 de novembro de 2009

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Crime da 113 Sul: Testemunha é a principal arma da polícia
A Polícia Civil pediu ontem a prorrogação, por mais 30 dias, da prisão temporária de Cláudio José de Azevedo Brandão, 38 anos, suspeito de participação no triplo homicídio que vitimou o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73 anos, da mulher dele, a também advogada Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e da empregada do casal, Francisa do Nascimento Silva, 58. O primeiro mandado, expedido pelo Tribunal do Júri na última sexta-feira, expira hoje à noite. Para sustentar o pedido, a polícia reuniu provas testemunhais contra o suspeito. Entre elas, está o depoimento de uma importante testemunha, mantida sob sigilo, que reconheceu Cláudio Brandão e informou aos investigadores que, há cerca de um ano e meio, o suspeito realizou um serviço de reparos no apartamento do casal assassinado, no Bloco C da 113 Sul. Os investigadores acreditam ter sido justamente nessa oportunidade que Brandão teria se aproximado de Francisca. A polícia acredita que o suspeito mantinha um relacionamento com a empregada do casal, o que teria permitido seu acesso ao apartamento no dia do crime — os três foram assassinados em 28 de agosto, mas os corpos só foram descobertos três dias depois. O imóvel não tinha sinais de arrombamento, e, ao deixar o local do crime, os assassinos trancaram a porta. A família da funcionária dos Villela nega que ela tivesse um relacionamento com Brandão. “Agora, estamos tentando comprovar essa ligação (entre Francisca e o suspeito). Com isso, conseguiremos explicar como o Cláudio conseguiu entrar no apartamento para praticar o crime”, afirmou um investigador que atua no caso. Além de Cláudio Brandão, estão presos como suspeitos de participação no crime da 113 Sul Alex Peterson Soares, 23, e Rami Jalau Kalout, 28. Com esses a polícia encontrou, em 3 de novembro, a chave da porta de serviço do imóvel dos Villela. Por enquanto, trata-se da única prova material do triplo homicídio. No entanto, a polícia aguarda laudos do Instituto de Medicina Legal (IML) para confirmar a existência de uma segunda prova. No início do mês, uma equipe da 1ª DP esteve na empresa de esquadrias onde trabalhavam Alex e Rami, além de um familiar de Brandão. No local, foram apreendidas cinco facas, que passam por análise para identificar se são compatíveis com os 73 cortes identificados nos corpos das vítimas. O assassino de Francisca utilizou uma faca, e o de Maria Villela, outra. Já o corpo do ex-ministro apresentava dois tipos de perfurações, o que indica que ele foi morto por duas pessoas. “As facas estão no IML, mas os laudos ainda não ficaram prontos”, confirmou uma fonte ligada à cúpula da Polícia Civil. Ontem, equipes da 1ª DP realizaram várias diligências para colher mais provas contra os suspeitos presos. Além disso, os investigadores buscam novas testemunhas que possam ajudar a comprovar a participação dos três no crime.

2 comentários:

  1. Lamentável a filha do casal estar sendo acusada e julgada injustamente até hoje por conta disso. É preciso que seja esclarecida essa configuração de inverdades montadas para incriminar Adriana.

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  2. Pois é, esse crime tem muito tempo e nada de ser concluído, enquanto isso a Adriana está sofrendo com as acusação infundadas e sem provas da justiça. Onde isso vai parar? Isso deve ser logo esclarecido para minimizar o sofrimento da família do casal Vilella.

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